A Polícia Federal (PF) avança nas investigações sobre os incêndios que atingem diferentes partes do país e apura o cometimento de crimes ambientais e a participação de organizações criminosas nos episódios e práticas de lavagem de dinheiro. Até agora, foram abertos 52 inquéritos.
Diversos órgãos da PF estão envolvidos nas apurações, como a Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente (Damaz), as Delegacias de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente (DMA) e as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO), que trabalham em conjunto com as forças policiais estaduais
A suspeita é que a ação humana intencional seja uma das principais causas das queimadas que avançam pelo país nas últimas semanas.
Hoje, o governo brasileiro decidiu enviar uma missão humanitária para ajudar no combate aos incêndios florestais que atingem a Bolívia e que ameaçam atingir também a região do Pantanal.
Segundo o Ministério da Justiça, além de contribuir para combater os incêndios no lado boliviano da fronteira, a missão conjunta terá caráter preventivo, para evitar que novos focos de incêndio alcancem o território brasileiro.
Segundo o Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nas últimas 48 horas foram identificados 8.225 focos de fogo no Brasil, sendo 2.763 apenas no Mato Grosso, 305 em Goiás, 283 em Minas Gerais, 187 em Mato Grosso do Sul e 109 em São Paulo. Os incêndios na região Norte também estão intensos. Nos últimos dias, foram registrados 2.290 no Pará, 979 no Tocantins e 313 no Amazonas.
Na Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso (Goiás), um incêndio descontrolado já consumiu cerca de 10 mil hectares do parque nacional. O combate às chamas conta dois aviões do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que lançam água sobre a área afetada. Até domingo, porém, o fogo ainda não havia sido controlado.
Leia a seguir
